sábado, 16 de outubro de 2010

TROPA DE ELITE 2

QUER ME F.. ME BEIJA,

Acredito que esse será mais um bordão que a franquia Tropa de Elite vai colocar na boca do povo. Porém que, dessa vez, não sei se o povo vai ter acesso tão fácil quanto teve no primeiro longa da série. O sistema de segurança está maior que para as eleições, e olha que o nível de bandidagem nos dois casos é muito alto. Bem, deixa esse assunto de lado e vamos falar da continuação da vida do Capitão Nascimento.



Quer dizer, agora é Coronel Nascimento, coronel com direito a terno e gravata. Isso mesmo. O ícone do “faca na caveira” agora está dentro de um terno, atrás de uma mesa, mas garanto que isso não deixa que o antigo Capitão Nascimento volte a ativa.

Vou dizer uma coisa para vocês. Da mesma forma que disse sobre o primeiro, o segundo Tropa de Elite, é um dos melhores filmes que vi. Coloca no chinelo a maioria dos filmes de ação de Hollywood nos fazendo tremer de empolgação em certas cenas.
Todos os atores estão excelentes, inclusive o Seu Jorge, que em minha opinião, deveria parar de atuar como cantor e se dedicar de 100% a outros papéis. O roteiro é muito bem escrito. As cenas de ação são perfeitas e mais uma vez, a porrada, quer dizer, a crítica na nossa sociedade acertou em cheio. O subtítulo do filme, “O Inimigo Agora é Outro”, traz a tona um grave problema do nosso dia-a-dia e que poucas pessoas conhecem: as milícias.


Isso porque esse problema nos atinge muito indiretamente. Enquanto o tráfico de drogas e armas mata de várias formas pessoas próximas a nós, e que ultrapassa as fronteiras estaduais, as milícias passam uma idéia que só interferem onde elas estão. O filme mostra o envolvimento direto dessas “empresas de segurança” com os políticos.


Eles usam essas pessoas que na sua grande maioria são policiais, para se elegerem. Isso nos interfere, porque, disso saem não só vereadores, mais também, deputados estaduais, federais, governadores e senadores.


Esse filme traz menos ação que o primeiro e nem por isso deixa a desejar. Tenho ouvido muito, pessoas comparando o primeiro com o segundo. Eu digo que, não dá para comparar, pois, por causa do tema, se tornaram filmes bem diferentes e ambos muito bons.


Acredito que todo o brasileiro deveria assistir a esse filme, que apesar de ser uma ficção, o tema abordado traz uma triste realidade dos nossos dias.


Uma dica. Preste muita atenção no final. A película desmascara quem está por traz de todo esse problema social que a gente vive. Veja, reflita, pense e compare. Verão que nem tudo é ficção. Nem tudo é coincidência.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

SALT

Olá Pessoas,


Salt - Os Russos voltaram para acabar com o mundo mais uma vez.

Nesse fime, a bela Angelina Jolie é uma agente da CIA que é acusada por um desertor russo de ser uma espiã infiltrada na agência americana. Com boas cenas de perseguição, de lutas, tiros e tudo mais que um filme de ação de Hollywood tem o direito de ter, ele tem dois destaques. A volta da atriz que por um tempo ficou conhecida mais como a mulher que acabou com o casamento do Brad Pitt e o retorno dos russos como os bandidos da história.



A volta dos lábios mais venerados do mundo aos filmes de ação, nesse em especial traz uma curiosidade. O protagonista dessa película era para ser o Tom Cruise, mas o ator desistiu, pois ficou com medo que o personagem ficasse parecido com Ethan Hunt, de Missão Impossível.
Já fazia um tempo em que os bebedores de vodka não eram os culpados por tudo que há de errado no mundo e os americanos, os escoteiros adultos, que sempre pensam primeiro na humanidade e depois nos seus entes queridos.

Na verdade, o filme é médio. É um bom entretenimento, mas quem procura um bom roteiro, com uma intriga daquelas que no final do filme você diz: “putz, por essa eu não esperava!!!” Pode esquecer. Isso não acontece. Até o último segredo do filme fica óbvio já na metade dele. E ele acaba com uma deixa para para uma continuação. Como será o nome do segundo? Supremacia Salt, Ultimato Salt, etc ....

Se o cinema estiver em promoção, vale a pena.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Erasmo Esteves, o Tremendão.
Devido a brincadeiras com o seu sobrenome, a primeira iniciativa do eterno parceiro de Roberto Carlos, foi mudar seu nome artístico para Carlos, Erasmo Carlos. Escolha declaradamente influenciada pelo próprio Roberto e pelo seu outro grande amigo, Carlos Imperial, o criador da Jovem Guarda.
Esse fato e tantos outros estão narrados no livro autobiográfico chamado “Minha Fama de Mau”, escrito pelo próprio Erasmo Carlos, com texto final do jornalista Leonardo Lichote.
Ao contrário do que muitos podem pensar, não chega a ser uma biografia rica em detalhes de sua vida profissional e pessoal. O Erasmo conseguiu colocar em 360 páginas, um resumo de sua vida pública e privada, mas em forma diferente da habitual.
É como se fosse um diário, muitas vezes sem seguir ordens cronológicas. Ele conta sempre pequenas histórias da sua vida. Começando é claro com sua infância humilde e terminando nos anos 90.
Acredito que seu objetivo foi fazer um livro alegre, pra frente. O humor está quase sempre presente nos textos. Histórias engraçadas da sua turma de rua, onde o Tim Maia fazia parte. Aliás, foi o Tim que ensinou ao Tremendão os primeiros acordes no violão. O início de sua carreira e relatos muito bem humorados dos seus shows e até de suas aventuras amorosas.
Ele cita muito rapidamente duas passagens muito tristes na sua vida particular, mas sempre, sem entrar em detalhes. Uma foi a morte de sua mulher, Narinha e outra o falecimento de sua mãe, Maria Diva Esteves.
Erasmo Carlos é mais um compositor que nas horas vagas canta. Fã declaro de rock’n roll. Deixa bem claro que seu estilo é influenciado totalmente por Elvis, Chuck Berry entre outros do gênero. Mas como a maioria dos artistas da sua época, teve uma grande influência pela Bossa Nova, principalmente pelo João Gilberto.
Sempre achei que Erasmo era uma sombra do Roberto Carlos. A impressão que eu tinha era que o Rei colocava o nome do amigo de fé para que ele tirasse uma fatia de direitos autorais, já que é um cantor limitado. Mas não é só com sua cumpadre que ele tem sucessos gravados. Ele escreveu músicas para diversos artistas e hoje em dia, ainda é muito procurado para isso.
Depois que li o livro pesquisei um pouco mais das suas obras e vi a sua grande contribuição para a nossa música. Temos que lembrar que nunca podemos comparar músicas velhas e novas, antigas e atuais. Os estilos mudam, a tecnologia faz com que as músicas mudem. Se comprar as primeiras composições dos Beatles com o que é feito hoje, pode se considerar quase infantil suas músicas. Mas o que importa é que sempre alguém iniciou o movimento. Alguém tem que dar o primeiro passo para que a caminhada siga em frente. E isso com certeza o Erasmo Carlos fez. Foi um dos precursores do movimento Rock Brasil.
Vale a pena conferir esse livro. É daqueles que você pára de ler, louco para saber o que vai acontecer na próxima história.
Abaixo está um clip do último CD dele que tem como título "Rock'n Roll". O nome da música é "Jogo Sujo".
Abs a todos.

A VIDA ATÉ PARECE UMA FESTA

Olá pessoas, estou de volta. Ontem, vendo pela TV a Cabo o filme / documentário do Titãs, me deu vontade de voltar a escrever.

Bem, então vamos lá.

O filme / documentário intitulado “A vida até parece uma festa”, até que me agradou. Conseguiu mostrar todas as fases da banda, desde as melhores até as mais negras.




Desde o início da banda, quando seu baterista era o André Jung, hoje do Ira! até morte do Marcelo Frommer, a saída do Arnaldo Antunes e do Nando Reis, as brigas nas gravações, mudanças de estilos, um resumão da carreira deles.

Eu considero o Titãs uma banda média que fez coisas ótimas, mas sempre surfou dentro da moda, sem mostrar muita personalidade.

Já foram New Wave, Punk, Pop, Romântico, Grunge, aonde chegaram a trazer até o Jack Endino, produtor do Nirvana para não correr o risco do plano sair errado. O Sérgio Britto tentando cantar igual as bandas Grunge era ridículo. Para fechar, chegaram a ser sertanejo chegando até a tocar com o Chitãozinho e Chororó usando chapéu de boiadeiro (essa doeu).

Mas, mesmo com todas essas pisadas de bola, fizeram e ainda fazem muito sucesso. Em quase todos os discos, CDs e DVDs, venderam muito e colocaram muita grana no bolso.

Bem, voltando ao documentário. Ele foi realizado com imagens feitas pelo Branco Melo em todos esses anos de carreira e mais gravações de emissoras de TV entre outras. Vale a pena ver para até entender um pouco mais da vida e obra dessa banda que bem ou mal, marcou a história da música brasileira.

Abraço a todos e até a próxima.

Ele é o rei, sem dúvida ...



E não é que o rei apareceu na Globo sem ser natal? E vou dizer que para quem era acostumado a ver os shows de final de ano do Roberto Carlos exibidos na Globo a uns 300 anos, deve ter se impressionado. Lá ocorreram erros, improvisos, risadas e choros sem ensaios. Pois bem, isso é um verdadeiro show de música. É assim que acontece em qualquer show onde se tenha grandes músicos, tocando grandes músicas. Não pensem vocês que os grandes não erram, não se esquecem, não se emocionam. Já vi, tanto ao vivo quanto em DVD, vídeo, TV, vários shows de cantores, cantoras, bandas nacionais e internacionais e sempre há algo diferente. Isso mostra que o artista é humano e que a emoção de tocar para um Maracanã lotado desorienta qualquer músico, seja ele Roberto Carlos, Tina Tuner ou até mesmo Paul McCartney. Com esse show, RC deixou de ser o Panettone Rei.




Roberto Carlos tem excelentes músicas e sabe falar o óbvio sem se tornar óbvio.


Ao ver ele e o seu amigo Erasmo Carlos juntos, tive a certeza que aquele sim foi um show de verdade. Pergunto. Quantas vezes, no show de final de ano da Globo o RC cantou junto com o seu amigo de fé? Quase todos. E quantas vezes ele se emocionou tanto quanto ontem? Nunca.


Isso prova o quanto real, verdadeiro foi esse show, mesmo sendo produzido pela emissora da família Marinho.


Uma vez eu escrevi que nos dias atuais num existia nada de tão bom que fosse durar o suficiente para que eu fosse um dia mostrar ao meu filho no futuro. Fui até criticado por alguns, que disseram que eu só gostava de coisa velha. Até gosto de algumas coisas novas, mas no geral, os velhos ainda são melhores (e como são).


Bem, tenha a certeza que vou mostram sim, o que o Roberto Carlos representou para a música. Não tenham dúvida.


Não existe uma pessoa que não saiba alguma música dele, que não admire pelo menos um letra sua ou que não cantou, pelo menos bêbado, “Meu calhambeque” ...


Eu sei que muitos amigos meus vão me encher o saco sobre meus comentários, mas tenho certeza que eles se encaixam naqueles que tem vergonha de admitir que gosta pelo menos de um música do Rei.


Tenham todos uma ótima semana. E para os meus amigos, segue abaixo um vídeo com a música Amigo, onde ele consegue traduzir exatamente o que é a verdadeira amizade.


Amigo ... o seu coração é uma casa de portas abertas. Amigo, você é o mais certo nas horas incertas.






Olá pessoas, voltei ...

Sucesso, exageros e escândalos ... o Rei do Pop !!!


É, o rei do pop se foi. Eu nunca fui fã dele e a maioria das suas músicas não me agradavam, mas devo reconhecer que ele foi uma máquina de sucessos. Isso ninguém pode negar, já que ele detém o recorde mundial de venda de discos, com 106 milhões de unidades vendidas do álbum Thriller. Esse número não é para qualquer um. Era um artista que sabia dançar (qualidade super valorizada nos EUA), até que cantava direitinho, mesmo com o excesso de gritinhos, e tinha muita criatividade na hora de criar suas obras e sabia escolher bem as pessoas com quem trabalhava.



O sucesso veio com tudo e com ele os problemas. Ele chegou a comprar os direitos das obras dos Beatles, e teve que vender uma parte para conseguir pagar contas com advogados e indenizações causadas pelos escândalos que se envolveu.


Se uma pessoa normal tivesse feito 1/3 dos absurdos e das coisas bizarras que fez, estaria preso pelo resto da vida, mas a sua influência, por ser quem uma máquina de fazer dinheiro, era grande e a impunidade agia como sempre. Aqui no Brasil também acontece isso com os nossos reis do pop, os nossos políticos que fazem, desfazem e continuam lá em cima. Eles são sim, nossos Reis do Pop, pois aparecem mais na mídia do que o próprio Michael Jackson.


Bem, voltando ao assunto, o Michael Jackson começou com 5 anos e acabou com 50. 45 anos de carreira não é para qualquer um. Todas as bobagens que ele fez na sua vida não podem apagar tudo que ele fez para o mundo da música. Mesmo quem não goste dele tem que reconhecer seu talento. A partir do disco Thriller ele revolucionou o mundo artístico, acrescentando a imagem e as grandes produções no cenário da música. Depois dessa revolução, os clipes nunca mais foram os mesmos.


Eu coloquei dois vídeos da uma mesma música (Beat It) que eu gosto (acho que é a única). Gosto dela mais pela espetacular guitarra toca, desde a levada da música até os solos que são obra prima. As guitarras foram gravadas por um dos melhores guitarristas do mundo, Eddie Van Halen.




Este primeiro vídeo é o original da música e o segundo, logo abaixo, é de um show onde resumi muito bem o que era seu talento e toda a produção dos seus espetáculos.






Bom dia pessoas,


As SUPER produções


Bem, cada vez mais o cinema está apostando as fichas em versões para a telona de heróis dos quadrinhos. Tivemos algumas tentativas anteriores, mas o que impulsionou essa nova mania foram os Batmans. Eles serviram com experiência do que poderia dar certo ou errado nesse tipo de filme. Vamos reconhecer que os primeiros foram bem fracos, tendo como Bruce Wayne atores bons para alguns filmes, mas péssimos como o milionários meio tonto das idéias que ao invés de ficar aproveitando a boa vida de playboy, vive fantasia de morcego, arriscando a vida por aí. Com eu mesmo já citei nesse blog. Também teve os acertos. Os dois últimos filmes do homem morcego foram excelentes e foi quando os outros super-heróis começaram a surgir e com uma qualidade de legal. Destacam-se aí os dois dos Quatro Fantásticos, X-Men e o Homem de Ferro. Não posso esquecer do recém lançado e que promete muito, Wolverine. Esse eu não vou perder.




Surfando ainda nessa onda, Hollywood vai lançar vários filmes no gênero até 2011, sendo que o que já está certo e anunciados são: a segunda película do Homem de Ferro, Capitão América e Thor.



Eu gosto dessas versões mesmo que sejam para rir de tão ruins, como foi o primeiro Hulk e além disso, esses filmes dão oportunidade para uma geração que cresceu tendo como super-heróis, séries japonesas com pessoas de roupas coladas, que falam com as mãos e brigam como se estivessem numa apresentação de balé. Outro filme fraco foi o Retorno do Super Homem. O ator principal foi muito fraco principalmente quando tinha que contracenar com o Kevin Space.


Tem um filme que houve muita especulação e que até hoje não se confirmou se era verdade ou não que Hollywood estaria pensando em produzir. A Liga da Justiça. Tai um filme que seria bem interessante de assistir. Até agora foram somente boatos.


Um SUPER abraço a todos.

Um Estrella que quase virou pó


Nesse final de semana eu finalmente vi o filme “Meu nome não é Johnny” na TV a cabo. Eu sei, vocês vão dizer que estou atrasado e tal, mas na época em que este filme estava no cinema, eu dei prioridade para outros que eu julguei melhores e quando me animei a ver, ele já havia saído de cartaz.


É mais um filme nacional de qualidade, com bom elenco, onde o Selton Mello se destaca, não só por ser protagonista, mas sim pelo seu talento. O enredo foi bem escrito, bem filmado, mas o único porém é um grave problema que sempre assolou os filmes nacionais. A droga do som. Eu ainda acho que o som fica a desejar. Tem hora que o volume vai nas alturas e tem hora que, um simples mudar de folha de uma revista te faz perder um diálogo.


O filme mostra com muita clareza que a classe média é uma das principais financiadoras do tráfico e consequentemente, da violência. O simples baseado do final de semana ou as 2 gramas da semana passada ajudaram a comprar um pistola que será usada em um assalto para conseguir mais dinheiro para comprar mais pistolas para mais assalto ... isso também foi mostrado com muita propriedade no Tropa de Elite. Esses mesmos financiadores da violência vão as ruas para protestar contra a violência. Isso seria engraçado se não fosse triste e patético. Hipocrisia acima de qualquer coisa.


Mas por outro lado, mostra também que o velho chavão de que o crime não compensa algumas vezes é verdade. O pretenso sucesso do João Estrella é algo enigmático até, como diz a polícia, “a casa cair”.



Nessa história, João Guilherme Estrella é um rapaz de classe média que se tornou quase sem querer um dos maiores vendedores de cocaína do Rio de Janeiro. O filme mostra a sua vida de glamour, vendendo drogas até para o exterior e seu tempo, como peça integrante do péssimo sistema carcerário brasileiro, quando é preso por tráfico.


O interessante é que a película mostra o inicio e meio de um traficante, mas com um fim um pouco diferente, pois ele é preso, julgado e condenado, mas consegue se reabilitar e voltar a freqüentar a sociedade. É claro que isso é o que o filme mostra e como toda a história é baseada num livro escrito pelo próprio João Estrella, tentamos acreditar que o antigo meliante se tornou um bom moço.





Além do Selton Mello, temos a Cléo Pires (namorada do João Estrella), Cássia Kiss (a juíza), Júlia Lemmertz (mãe do João), entre outros, todos com ótimas atuações.


Fica até meio sem graça recomendar um filme que já está fazendo aniversário, mas para aqueles que ainda não viram, vale conferir.

Olá pessoas ...


Desculpem o grande espaço de tempo entre um post e outro, é que a crise (a marola do nosso querido presidente) deixou mais distante o cinema e os shows da minha carteira. Bem, deixando a choradeira de lado, vamos ao que interessa.


O Pressagio


O PressagioPorter


Imagine você achar uma folha onde traz todos os números de mortos, com datas e locais dos maiores desastres do mundo nos últimos 50 anos. O que você faria? Bem, cada um deve ter uma resposta para essa pergunta. Eu posso dizer que o Nicolas Cage fez a sua parte.


Em 1959, uma turma de alunos faz vários desenhos do que pode ser o mundo no futuro. Esses desenhos são guardados numa espécie de câmara chamada cápsula do tempo e aberta daqui a 50 anos. Um dos trabalhos se destaca por não ser desenhos e sim números a princípio aleatórios, feitos por uma menina. Quando essa cápsula do tempo é aberta, a folha especial cai na mão do filho de John Koestler (Cage), que entre um porre e outro percebe que os números querem dizer algo. Daí começa a correria contra o tempo, pois o Nicolas, que é astrofísico, descobre que essa seqüência mostra além de fatos que aconteceram, tem também mais três novas desgraças que vai tentar evitar a qualquer custo. Aliás, isso eu achei ridículo, pois o cara é um pai recém viúvo, onde coloca em risco sua vida para salvar a de pessoas estranhas, sem pensar que se morresse o seu filho ficaria praticamente órfão. Cadê seu instinto paterno? Também tem o fato de ele ser o mocinho do filme e por isso, ele não pode morrer!




Oprssagio


Eu sei o que vocês estão pensando. Isso é mais um besteirol onde um simples mortal americano, sem super poderes (além do fato de ser americano) consegue salvar o tudo e todos das piores situações. Eu também pensava até a metade do filme, mas devo dizer que o final me surpreendeu um pouco.





Está longe de ser um filme que marca uma época, nem mesmo um ano, mas é um bom filme para passar o tempo.

O ranzinza do ano

Esse filme conta a história de um veterano de guerra e ex-funcionário da Ford, Walt (Clint Eastwood), que acaba de perder a esposa e se vê sozinho, morando em um bairro que hoje é dominado por imigrantes e gangues. Ele vê no dia-a-dia, da sua varanda, a cultura, a honra e a disciplina que tanto permearam a sua vida, irem embora.


Gran Torino


Ele tem como vizinhos uma família de imigrantes Hmong (originais do sudeste asiático) a quem ele chama de “Chinas”, com um tom preconceituoso.


Numa bela noite, o tímido e calado Thao (Bee Vang) é obrigado pelo delinquente primo mais velho a roubar o Gran Torino 72 de Walt. Ao evitar que o carro fosse levado e enfrentar sozinho a gangue que aterroriza o bairro, o ranzinza americano passa a ser visto pela vizinhança como herói.


Daí em diante, vemos um Clint Eastwood, lembrando os tempos de justiceiro, com aquela cara de bravo diante alguma injustiça, mas também um Clint mais maduro e com a intenção, a sua maneira grossa de ser, de tentar dar um jeito em um jovem que teria, com certeza um fim trágico ou na melhor das hipóteses, acabaria preso.







Essa nova “ocupação” de Walt acaba com a sua resistência e preconceito pelos novos vizinhos, criando laços de amizade até maiores que os dos próprios filhos.


O desfecho é algo que poucas pessoas podem esperar, se considerarmos o histórico do protagonista, que era justiça a qualquer preço e de qualquer jeito. Surfa na onda do patriotismo ao mesmo tempo em que mostra o lado sofrido e injustiçado dos imigrantes que ajudaram a construir os EUA e que sofreram nas guerras sem fim e sem razão, tanto quanto os americanos.


Para aqueles que são fàs do Dirt Harrry, e que esperam ver ele detonando marginais por todos os lados, ficaram decepcionados. O filme também não chega a ser um dramalhão daqueles que você tem que ir vestido com capa de chuva para não se molhar com o choro de quem está ao seu redor. Ele está classificado como drama, mas eu creio que Clint Eastwood conseguiu um ótimo equilíbrio entre drama, um pouco de ação e até humor, tornando Gran Torino, um excelente filme.

Olá Pessoas,


Depois de um longo tempo sem escrever, volto em grande estilo. Fui a um evento que promete ter sido o show do ano. Deep Purple. Banda inglesa fundada em 1968 que já teve várias formações, que acabou e voltou outras tantas vezes e em 2009 está mais que firme, apesar da idade de seus integrantes. Mas vou dizer uma coisa, esse detalhe não interferiu em nada sua performace.


Deep Purple Banda


Quando você vai a um show onde o vocalista da banda é o Ian Gillan, pode ter certeza que terá uma apresentação acima da média, se considerar que ele é um dos melhores vocais que já apareceram no mundo da música.


Da primeira formação da banda, além do Ian Gillan, tinha também o baixista Roger Glover e o baterista Ian Paice. Nas guitarras estava o excelente Steve Morse (que substituiu o Ritchie Blackmore) e Don Airey nos teclados.






O show começa com a clássica “Highway Star”, o que já serviu para incendiar o público, e depois foram clássicos e mais clássicos, fechando é claro com o maior de todos, “Smoke on the Water”, que já foi considerada o maior “riff” da história do rock.
Um pequeno detalhe. O show estava marcado para começar as 23:00 hs, e começou com uma pontualidade britânica exemplar. Que sirva de exemplo para as bandinhas do Brasil que são igual noiva em dia de casamento. Acham que atrasar o começou do show é chique. Não passa de desrespeito com quem pagou o ingresso.



Deep Purple Show


Os caras colocaram muita bandinha nova no saco, mostrando o que não precisa ter um rostinho bonito, tocar meloso e ficar surfando na moda para fazer sucesso. Se hoje eles conseguem lotar seus shows e fazer com que todos cantem suas músicas é sinal que a coisa tem qualidade, pois só os melhores sobrevivem ao tempo.


Alguém pode dizer que a música que eles fazem não tem nada de complexo e que qualquer nerdzinho da guitarra consegue tocar, mas o que está em jogo aqui é a criação de um estilo, de um modo de vida, que inspira todos as pessoas que sonham em ser músicos um dia.


Eu considero a época deles, a mais criativa e foi quando surgiram os grandes músicos de hoje. Até os anos 80 ainda tínhamos muita coisa boa. Hoje em dia, as coisas são muito repetitivas, iguais e o que é pior, mal copiadas. Eu não me vejo daqui a 20 anos falando para o meu filho que um dia existiu uma banda chamada Oasis, Cold Play ou qualquer outra coisinha desse tipo. Me vejo sim, sentando ao lado dele e colocando para tocar Rolling Stones, Beatles, Led Zeppelin, Pink Floyd, Deep Purple, Rush, Erci Clapton, etc.


Eu comentei com um amigo que foi 1 hora e meia de muito rock’n roll e que serviu para, além da satisfação de ver algo histórico, limpar um pouco nossos tímpanos das besteiras que temos que ouvir no nosso dia-a-dia.


Pessoas, não fiquem desesperados. Se você tem em casa coisas boas como Deep Purple e cia, significa que ainda temos salvação.



Abs,

Um clássico maravilhoso


Poster Forrest Gump


Esses dias, em uma das madrugas sem sono, durante minhas zapiadas, parei em um filme que merece um destaque especial. Forrest Gump, O contador de histórias. É um filme espetacular e que merece sempre ser lembrado.
Ele começa com muita simplicidade, com uma pena caindo aos pés do protagonista, sentado em uma parada de ônibus na frente da sua casa em Savannah, na Georgia. Forrest pega a pena e coloca-a dentro de um livro e assim começa a contar a história da sua vida.
Vida essa que se passa nos anos 60 e 70, período bem conturbado nos EUA. Ela se mistura com acontecimentos históricos e personagens da humanidade que mudaram nossas vidas de alguma maneira.
Ele trata assuntos delicados como drogas, preconceitos, sinceridade e humildade. Mostra que se conseguíssemos viver com mais simplicidade e respeitando os outros, seríamos bem mais felizes.
“Idiota é quem faz idiotices.” Essa frase é repetida inúmeras vezes e é o que resume o estilo de vida de Forrest. Todos pensam que ele é um idiota, mas mesmo tendo um certo retardamento, ele sempre toma atitudes e decisões baseadas na educação que teve e em seu coração. Para uma pessoa considerada “idiota”, até que ele se deu bem. Foi campeão de futebol americano, campeão mundial de tenis de mesa, heroi de guerra, empresario do ramo de camarões, um dos donos da Appel e para fechar com chave de ouro, se tornou multimilionário.
Não podemos esquecer da brilhante performace do Tom Hanks. Parece que a história foi escrita especialmente para ele.


Forrest e a Pena


Forrest Gump é um filme de ficção com uma história rica em grandes risadas e tristes verdades. É daqueles filmes que quando você vê que está passando não consegue parar de assistir.


Abaixo eu coloquei alguns prêmios e curiosidades deste clássico que de tão bom, nunca irá envelhecer.


Forrest Gump ganhou 6 Oscars: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Tom Hanks), Melhor Roteiro Adaptado, Melhores Efeitos Especiais e Melhor Montagem. Além disto, foi indicado em outras 7 categorias: Melhor Ator Coadjuvante (Gary Sinise), Melhor Fotografia, Melhores Efeitos Sonoros, Melhor Trilha Sonora, Melhor Maquiagem, Melhor Direção de Arte e Melhor Som. Ganhou 3 Globos de Ouro: Melhor Filme em Drama, Melhor Diretor e Melhor Ator em Drama (Tom Hanks), além de ter sido indicado em outras quatro categorias: Melhor Trilha Sonora, Melhor Ator Coadjuvante (Gary Sinise), Melhor Atriz Coadjuvante (Robin Wright) e Melhor Roteiro.


Gump se encontrando com pessoas famosas :


- Ele é um descendente deNathan Bedford Forrest, general condecorado e fundador da Ku Klux Klan. Isto pode ser considerado uma ironia pois Forrest se torna amigo de um negro chamado Bubba, que ele conhece no exército. Porém, também pode não ser irônico, uma vez que Nathan B. Forrest rapidamente se desiludiu com o que criou e rapidamente tentou se dissociar do seu passado.
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Ele encontraElvis Presley quando Elvis estava na sua casa como um hóspede. Suas tentativas curiosas de dançar com um aparelho nas pernas inspiraram os famosos movimentos de quadril de Elvis.
- Ele encontra o presidente John Kennedy após a equipe das estrelas do futebol americano universitário ser convidada à Casa Branca. Uma vez que era de graça, Forrest bebeu 15 garrafas de Dr. Pepper (refrigerante). Após apertar a mão do presidente Kennedy, este pergunta como ele sentia, Gump respondeu: "Estou apertado".
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Ele depois encontraria o presidente Lyndon Johnson, que o presenteia com a medalha de honra pelo resgate heróico de seus colegas soldados. Após Forrest contar a Johnson sobre seu ferimento, Johnson diz que gostaria de ver o ferimento alguma hora. Nisso, Forrest hesitantemente, mas obedientemente abaixa suas calças e mostra o ferimento em suas nádegas. Presidente Johnson vai embora, murmurando, "Caramba, filho."
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Num protesto emWashington, Gump encontra Abbie Hoffman e faz um discurso que não se ouve devido a problemas técnicos (um oficial militar puxa os fios do microfone dos alto-falantes e do sistema de som). A multidão acaba por aplaudir Gump após a reação emocionada do líder do protesto ao final do discurso. De acordo com Tom Hanks, Gump diz: "Algumas vezes quando as pessoas vão ao Vietnã, elas vão pras casas de suas mamães sem suas pernas. Algumas vezes elas nem voltam para casa. Isso é muito mau. E isso é tudo o que tenho a dizer sobre esse assunto."
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Finalmente, após fazer parte da equipe de tênis de mesa dos Estados Unidos, ele encontra o presidenteRichard Nixon, que pergunta a Gump onde ele está hospedado, e então oferece a Forrest um hotel muito melhor, que era o complexo de escritórios e hotel de Watergate. Forrest liga para a recepção após perceber várias lanternas numa outra sala, chamando atenção ao que seria o Caso Watergate , que precipitaria a queda de Nixon.
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Ele encontraDick Cavett e Jonh Lennon no programa de entrevistas de Cavett, e suas visões da China inspiram Lennon a compor Imagine.
Forrest e John
- O barco de pesca de camarões de Forrest Gump foi o único a sobreviver a fúria total do Furacão Carmen, um furacão de categoria 4 que veio pela Lousiana em 1974.
-
Ele, além de ser dono da industria de pesca Bubagump, também é dono da industria tecnológica Apple, porem ele não sabe muito bem disso, pois quando recebe a carta de Tenente Dan dizendo que fundou a industria ele diz que " O Tenente Dan investiu em um negócio de frutas".



E para acabar, recomendo o livro do Forrest Gump que consegue ser melhor que o filme

Olá pessoas,

Esse filme é nosso

Se eu fosse voce 2


Casal em plena crise, a filha engravida do namorado e em meio tudo isso, eles ainda trocam de corpos, metendo os dois em grandes confusões. Até parece sinopse de comédia americana, mas não é. É brasileiro e muito bem feito.


"Se eu fosse você 2" é uma comédia para família toda, com direto a gargalhadas do início ao fim. Um bom roteiro que consegue nos prender até o final, com uma ótima produção e é claro, não posso deixar de citar a grande atuação dos dois principais atores, Toni Ramos e Gloria Pires. Eles estão excelentes, principalmente o Toni Ramos que já tinha arrasado no primeiro filme e consegue nessa continuação, ser ainda melhor. Entre várias cenas cômicas, uma que se destaca é quando a Helena (no corpo do Toni Ramos) vai jogar futebol com os amigos do marido. É muito boa.



O filme ainda conta com algumas participações especiais como Vivianne Pasmanter, Marcos Paulo, Ary Fontoura, Chico Anysio, Cássio Gabus Mendes, entre outros. Até a Adriane Galisteu deu uma de atriz. Fraca, mas nada que comprometa o filme.



Esse filme vem para mostrar que sabemos fazer filme sim, e de ótima qualidade. O povo ainda tem muito preconceito com o cinema nacional, mas eu garanto que a fase negra passou.

A volta da boa música


Elton John


Podemos dizer que esse cara é estranho, tem um péssimo gosto de se vestir, excêntrico, etc, mas temos que admitir. O cara sabe fazer um show. Assistir durante duas horas, pela televisão um show sem efeito especial de última geração, com uma iluminação ótima, porém, discreta, uma banda sem bailarinas pulando de um lado pro outro fazendo coreografias loucas e que ninguém presta atenção e não dormir só tem uma explicação. Elton John é muito bom e com uma banda excepcional. É um artista do modo antigo, daqueles tempos em que a pessoa tinha que ter algum talento para fazer sucesso. Eu não sou um profundo conhecedor do Elton John, sou daqueles que conheciam meia dúzia de músicas, entre elas, "Nikita", mas posso dizer que depois de ter visto sua apresentação na televisão, começarei tentar conhecer mais. Pelos comentários e estilo de músicas tocadas, ele explorou bem mais os anos 70 e 80, que segundo especialistas, foram o auge de sua carreira. Teve músicas melosas sim, daquelas dignas de trilha de novela das 8, mas quem não tem?


Elton John 2


Esse show mudou meu conceito e espero que tenha mudado de outras pessoas.


Quero fazer uma observação sobre outro show que ocorreu na mesma noite. O show do Charlie Brown Jr. Fazia tempo que não via uma apresentação de uma banda de "rock" tão sem graça, sem peso, sem nada. O Chorão me fez chorar de desgosto e de arrependimento de ter perdido o meu tempo tão precioso assistindo aquilo. Aliás, o Chorão para chegar a ser um vocalista mediano, só falta, afinação, carisma e voz. O resto ele tem ...

Uma novíssima voz


Gabriella Cilmi


Quando ouvirem Gabriella Cilmi, fechem os olhos e prestem atenção nos detalhes que sua voz é capaz de trazer aos nossos ouvidos. Ela vai do grave ao agudo belissimamente e tem uma potência de voz a fazer inveja a muitas cantoras calejadas.Com uma grande influência do jazz mas conseguindo se manter pop sem ser muito pop (se é que vocês me entendem) e com suas habilidades vocais incomparáveis, ela irá se tornar logo uma das maiores cantoras dos últimos tempos da música mundial.


CD Gabriella Cilmi


No seu primeiro trabalho (Lessons to be Learned) , podemos notar o quanto ela diversifica suas canções, fazendo uma visita em vários gêneros, desde o blues, rock, jazz e até punk, mas sempre ficando bem visível os seus enormes talentos.

Um detalhe que não posso deixar de avisar. Quando ouvirem a Gabriella cantando não se esqueça que ela tem somente 17 anos. É impressionante.


Para os mais curiosos, dê uma olhada nos seus vídeos no You Tube. Tenho certeza que não irá se arrepender.


O nosso Panettone Rei


Roberto Carlos
No último dia 25, a Globo passou, assim como faz desde os anos 70, o especial do eterno rei, Roberto Carlos. Essa sua aparição anual lhe rendeu até o apelido de "Panettone".


Com estrelas na platéia e no palco, o show foi um pouco diferente esse ano, devido as suas participações especiais. Achei o repertório um pouco melhor escolhido do que os outros anos. O rei cantou mais músicas antigas (as melhores), como "Eu Voltei". Essa música o Roberto Carlos fazia muitos anos que não cantava no seu especial anual. Ela sempre me chamou a atenção. Não só pela melodia, mas também pela letra que tem uma riqueza de detalhes tão grande, que consigo imaginar com muita clareza a casa, a luz e tudo que é cantado. Teve também a maravilhosa participação da Rita Lee, Roberto de Carvalho e Beto Lee. O encontro do Rei com a Rainha foi excelente. Para mim, a melhor parte do show. Ainda teve a participação do Neguinho da Beija-Flor. O que eu vou dizer sobre isso ... Bem, digamos que se ele não tivesse cantando, não teria influenciado nada. Foi muito fraco. Não poderia deixar de comentar a participação do Caetano Veloso. A sua presença no show foi normal, sem nada demais, agora, seu dueto com uma mediação do Nelson Motta, em homenagem a Bossa Nova foi chata demais. Aliás, o ritmo Bossa Nova é muito chato. Tudo bem que ela mostrou o Brasil no exterior e blá, blá, blá ..., mas para mim, não serve nem para dormir. É chato, chato e muito chato.


Mesmo com alguns deslizes (Caetano Bosta Nova e Neguinho da Beija-Flor), o show foi bom, com a banda sempre irrepreensível e o Rei mantendo seu carisma e sua voz limitada, porém, suficiente.


O Panettone Rei ainda é uma boa opção no natal, mas como na comida, tem gente que gosta e tem gente que não gosta. Para mim, enquanto continuar tocando os velhos sucessos e deixando de lado as músicas mais novas e chatas, ele irá manter uma boa audiência para a emissora da família Marinho.

Rock também é cultura


Olá Pessoas,


Nos últimos meses, me dediquei a ler livros que contavam histórias sobre rock, roqueiros e música em geral. Vamos começar falando do Sexo, Drogas e Rolling Stones, escrito por José Emílio Rondeau e Nélio Rodrigues.

Rolling Stones


Sou super fã dos Rolling Stones, tendo vários DVDs, CDs e documentários e posso me considerar um curioso quase compulsivo em saber detalhes da vida e obra das bandas, músicas e etc ... Nesse ponto o livro dos Stones ficou bom, mas o que eu não gostei nele foram os autores escreverem pouco sobre a banda e usar o velho "copiar e colar" assuntos que a mídia internacional, na sua maioria escrita, escreveu. Eles usam muitas referências de uma notícia que saiu aqui ou ali e deixam de dar suas opiniões. Isso, para mim, tornou o livro chato e cansativo. Levei muito tempo para lê-lo, pois o deixei de lado e retomei a leitura umas quatro vezes.


Outro livro que eu li a pouco foi o RPM: Revoluções por Minuto. Escrito por Marcelo Leite de Moraes. RPM foi uma banda que usou e abusou da palavra "superlativo". Tudo na sua carreira foi mega, com a quebra de vários recordes de vendagem, público e shows.


RPM


O livro é bom, mas senti falta de detalhes. Para uma banda que teve uma carreira meteórica. Cresceu muito rápido e durou pouco tempo, o autor poderia ter se dedicado um pouco mais nos detalhes, como o surgimento da banda, a escolha dos integrantes, as composições, as gravações, etc. No livro fica claro que como a grande maioria daquela época, as drogas faziam parte do circuito artístico, mas o assunto foi tratado muito superficialmente. Tem algumas partes do livro que as histórias ficam um pouco confusas no que se refere à cronologia dos fatos. Como eu já disse, o livro é bom, com boas fotos, mas faltou detalhes que, quem compra uma publicação desse tipo, procura.


O baterista Guto Goffi (um dos fundadores do Barão Vemelho) assina o livro Barão Vermelho: Porque a Gente é Assim, junto com o produtor Ezequiel Neves e o jornalista Rodrigo Pinto. Ele foi o responsável pela ampla pesquisa que dá sustentação à obra e pela redação final. O resultado é bom, com passagens divertidas, polêmicas e contestadoras.


Barao Vermelho


É rico em detalhes de composições, gravações e shows, mostrando uma visão por mais que seja pessoal, quase que imparcial. Você vai se sentir quase como se tivesse vivido com os barões o dia-a-dia da banda, as festas, os shows, os primeiros sucessos, o Cazuza entre outros fatos que marcaram a história dessa turma e do rock brasileiro. Recomendo.


Bem, vou falar dos dois melhores livros que li esse ano. O divertidíssimo Vale Tudo: Tim Maia e Eric Clapton: A Autobiografia.


Tim Maia


O livro do Tim Maia, escrito pelo excelente Nelson Motta (esse merece um livro a parte) é maravilhoso. Nele não faltaram detalhes, não faltaram confissões, descobertas, esclarecimentos e muito talento. Preto, gordo e cafajeste, formado em cornologia, sofrências e deficiências capilares, com doutorado em drogas e álcool, o livro mostra um artista com um talento acima da média que poderia ter sido ainda maior se não fosse o seu grande coração e sua mania de viver a vida dia após dia e não pensar no futuro. O livro é otimamente escrito, daqueles que se começa e não consegue largar nem para ir ao banheiro. Eu ia dormir pensando no que iria acontecer na próxima página. Nelson Motta se superou. O livro trás uma frase que eu considero quase que um resumo do que foi a vida de Tim Maia. Uma história de som, fúria e gargalhadas. Imperdível.


E agora, o livro que conta a história de um garoto que aos 17 anos foi chamado de Deus da guitarra. Sir Eric Clapton. Escrito pelo próprio, mostra a sua trajetória, desde a infância e como a música entrou na sua vida, passando pelos vários problemas com drogas e álcool, a morte de seu filho até os dias de hoje.


Eric Clapton


Ele foi de certo modo cruel consigo mesmo, não perdoando nada, contando todas as crises, problemas e frustrações. Você se emociona, chora, ri e delira com o gênio que apesar de tudo que conquistou, foi e se mantém até hoje humilde. Como ele conviveu com outros astros da música internacional, como Beatles, Rolling Stones, Jimmy Hendrix, The Who, entre outros, a sua vida vai se entrelaçando com a história do rock mundial. Excelente. Livro que, quando chega ao fim, você pensa: Já?